mariaantoniainfante.com

As Birras da Mãe!

Nem sempre nós adultos dizemos exactamente o que necessitamos, ou o que sentimos.

Nem sempre conseguimos pedir um abraço, porque julgamos à partida, que filhos crescidos já não gostam disso…

Nem sempre existe uma palavra de conforto, quando mais necessitamos…

Nem sempre nós mães conseguimos que o nosso comportamento, as nossas atitudes estejam alinhadas com as nossas intenções…

Nem sempre comunicamos da melhor forma…

Lembro-me perfeitamente de quando queria comunicar algo, tinha de elevar sempre a voz.

Até ao dia que o meu filho me disse:


Mãe, para falares não precisas de berrar!!!


Foi uma das maiores tomadas de consciência que tive até hoje acredita.

Sim, porque eu também berro (já não tanto como antigamente), e cada dia me lembro da minha intenção de o fazer cada vez menos.

Tomar consciência que não é necessário gritar, berrar, discutir, fazer birras quando não nos ouvem, ou não atendem aos nossos pedidos, aos nossos “gritos” de colaboração, tem sido um desafio nestes últimos tempos.

Tomar consciência dos porquês, tem sido uma descoberta…

Porquê é que grito?

Porque é que faço birra?

Faço “birra”, porque também me sinto cansada muitas vezes.

Ou porque gostava que fosse diferente.

Ou ainda porque necessito cuidar mais de mim.

Concluindo, é natural uma mãe gritar de vez em quando e está tudo bem…

Tomar consciência que é perfeitamente normal ser vulnerável. Poder comunicar que por vezes não está tudo bem comigo, e que também eu como mãe, tenho dias menos bons, que necessito de me cuidar, descansar, parar, fazer uma pausa para me ouvir e compreender a mim mesma ou simplesmente não fazer nada!

E se nós mães nem sempre conseguimos gerir as nossas emoções, como podemos exigir que os nossos filhos o façam?

Que se comportem sempre bem, quando nós próprias não nos comportamos sempre tão bem?

É necessário que consigamos transformar birras em entendimentos, e devemos começar sempre por nós.

O comportamento dos nossos filhos não é mais do que o reflexo do nosso próprio comportamento.

Se eu berro, eles também berram…

Se eu não me sei autorregular, eles também não saberão.

Se eu me fecho, eles também se fecharão.

Se eu não partilho as minhas ansiedades, as minhas necessidades e medos, eles também não aprenderão a partilhá-las.

Deixo-te o convite hoje, de parares e analisares, quais os reais motivos que te levam a fazer “birra”.

Será que andas mais cansada que o costume?

Será que insistes em não pedir ajuda?

Será que vestes a capa de super mulher e até te sentes bem nesse papel, pois de certa forma tens reconhecimento?

Será que gostarias de ter mais colaboração, e partilha do teu companheiro?

E se, começasses a demonstrar as tuas necessidades com uma boa comunicação?

Poderia ser diferente?

Deixa aqui o teu comentário de qual tem sido o teu maior motivo para fazeres as “birras que tens feito.

Conto contigo… sem birras!

A tua Coach

Maria Infante

Gostarias de Agendar uma Sessão Inicial Para Nos Conhecermos Melhor e Saberes Como Funciona O Coaching Parental?